A
Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA) realiza na manhã da próxima
terça-feira (20), na cidade de Petrolina (PE), um ato público
para reafirmar a importância da sociedade civil na construção de
políticas públicas de convivência com o Semiárido.
O ato foi motivado pela declaração do MDS, na
última quinta-feira (8), de que o aditivo já anunciado e publicado no
Diário Oficial da União, para continuidade dos programas da ASA (P1MC e
P1+2), não será concretizado, sob a argumentação de que o governo está
revendo seus arranjos para o Plano Brasil sem Miséria.
“Reconhecemos que esse movimento atual do governo pode levar ao fim um
conjunto de processos que para nós da ASA são muito caros e que se
localizam na ação de mobilização comunitária, formação, empoderamento
local e controle social, ou seja, os carros chefes da nossa ação, sendo
esses os elementos que nos diferenciam e que no entendimento da ASA
temos que defender com unhas e dentes”, diz um trecho do documento
convocatório ao ato, assinado pela coordenação executiva da ASA.
A articulação está mobilizando dez mil pessoas de todo o Semiárido,
entre agricultores e agricultoras e organizações da sociedade civil. A
cidade de Petrolina foi escolhida para sediar o evento devido tanto à
localização geográfica, que permite concentrar um grande número de
pessoas de outros estados do Semiárido, como pela história de luta de
diversas organizações da região.
“É também uma região onde há uma concentração de grandes projetos. E ao
mesmo tempo você percebe um conjunto de ações na linha da convivência
com o Semiárido e que pra gente é importante reforçar essa luta, a
resistência dessas pessoas que têm construído essa nova lógica de viver
no Semiárido”, destaca Neilda Pereira, coordenadora executiva da ASA
pelo estado de Pernambuco.
Para Neilda, a grande
expectativa do evento é sensibilizar a sociedade para a importância da
continuidade do projeto de convivência com o Semiárido. “A nossa
expectativa é receber os agricultores e as agricultoras dos vários
estados e as organizações locais e que, juntos, a gente reafirme o
projeto que estamos construindo no Semiárido. Um projeto que tem
mobilizado e contribuído para a formação das pessoas, que valoriza as
experiências e que tem inovado também essas experiências”.
Histórico - Em 2007, a ASA
realizou um ato público em Feira de Santana-BA, que reuniu cinco mil
pessoas, para celebrar a marca de um milhão de pessoas com acesso à água
de qualidade, ao mesmo tempo pressionar o governo para a continuidade
do Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC), que poderia não ser
renovado.
Gleiceani Nogueira - Asacom
14/12/2011
Fonte: http://www.asabrasil.org.br/Portal/Informacoes.asp?COD_NOTICIA=7145 |
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