14 de março de 2011

Rede Abelha Paraíba reúne apicultores em encontro avaliativo

Eudes Costa – Comunicador Popular da ASA - Patos – PB
Aconteceu no dia 01 de março/2011 no auditório de eventos do SEBRAE - município de Patos, o Encontro Avaliativo da REDAP - (Rede Abelha da Paraíba) – a reunião teve o objetivo de analisar as ações do ano de 2010, igualmente, refletir sobre a temática de acesso aos mercados e a sua organização interna. Na ocasião estiveram presentes assessores das entidades mobilizadoras: Aspa, Cáritas, Propac, Patac e os próprios apicultores das associações do município de São José do Belém, São Mamede, São José de Espinharas e Aparecida, além de uma representante do SEBRAE regional de Patos.
Cada participante das microrregiões fizeram o levantamento da situação das atividades realizadas, colocando os avanços e obstáculos.
Na região do Alto Sertão a ASPA – (Associação dos Apicultores do Sertão Paraibano) - tem sido proativa na atividade e realizado várias parcerias, eventos e capacitações para fomentar o trabalho com as abelhas: elaboração do Projeto do Entreposto do Mel, aprovado e conveniado pelo o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza (FUNCEP) e a Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão (SEPLAG) - aja visto a construção do prédio do Entreposto até o fim de 2011. O Projeto de Fundo Solidário com o apoio do Banco do Nordeste resultando na distribuição de equipamentos apícolas, fortalecendo o avanço e o crescimento de apicultores no manejo mais qualificado. Realização festiva em comemoração ao Dia do Mel – (31 de Junho/2010). Promovido eventos através do PLANSEQ - Plano Setorial de Qualificação capacitando mais 150 pessoas, e na parceria com o SEBRAE regional de Sousa, capacitou 20 jovens para desenvolver a apicultura.
Já a região do Médio Sertão os apicultores tiveram o apoio do Projeto Ápis coordenado pelo SEBRAE regional, com esse apoio o projeto desencadeou melhoras na produção apícola - em umas das coletas do mel, no ano passado, conseguiram extrair em cada colmeia mais de 20 quilos. Parte da produção vai para o Programa de Aquisição de Alimentos – (PAA) e para o Banco de Alimentos do município. A comercialização é uma das preocupações existente diante de um mercado exigente, sem um selo de certificação do produto saem em desvantagem, muitos dos consumidores não acreditam na qualidade do produto impedindo inclusive de vender nos supermercado, onde na maioria vendem o mel por um valor irrisório.
O Programa de Promoção e Ação Comunitária (Propac) – ONG da Articulação do Semiárido (ASA) - administra na região do médio sertão um projeto institucional apoiada pela MISEREOR no propósito de diagnosticar em um levantamento os criadores/as de abelhas e trabalhar o processo de mobilização e organização da atividade, essa ação já tem demonstrado um resultado positivo na identificação de cerca de 200 criadores/as de abelha todos ligados às associações comunitárias.
Para José Valterlândio Cardoso – técnico educador do Programa de Aplicação de Tecnologia Apropria às Comunidades (Patac) – a apicultura teve seus altos e baixos na região do Cariri, e geralmente na região do nosso semiárido, onde há chuvas irregulares, um ano chove muito outro chove quase nada – “O ano passado foi de baixa entre um grupo de 50 apicultores na região do Cariri que se sentiram desestimulados. Mas, mesmo assim, aconteceram várias capacitações e evento para estimular a criação. Dentro do Território do Cariri existe uma elaboração de um projeto para instigar ainda mais a apicultura na região, mas não tem nada ainda exato quanto à aprovação. O bom mesmo é que as famílias estão cuidando melhor da atividade e das abelhas”. – destaca.
O acesso aos mercados na atual conjuntura foi um tema que recebeu uma atenção especial, a tônica do debate é dar maior expressão no escoamento do produto em diversos espaços que assegure uma comercialização sazonal do mel.
Outra questão levantada na reunião pelo representante da Secretaria de Desenvolvimento Territorial do Estado – Antônio Souto – foi quanto ao fornecimento do mel ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) - Tem sido muito pouco incluído e explorado nos últimos anos. Na Paraíba, segundo dados do PAA, nesses mesmos anos não existiu nenhum projeto voltado pra atividade do mel, somente em 2010 uma quantia ínfima de projeto aprovado e financiado, em ralação aos estados vizinhos, onde a mesma quantia é disponibilizada pelo governo na ordem de 1 milhão de reais para incentivar a compra do produto.
 Vários são os problemas identificados pra que isso aconteça que vai desde a organização, produção, infraestrutura de beneficiamento, capacitação e logística.
É preciso urgentemente fazer o mapeamento dos apicultores no estado, contabilizar o volume da produção e inserir no cardápio exigido pelo PAA e PNAE.
Existe uma preocupação da CONAB estadual de impulsionar a comercialização do mel ao PAA, aja visto, que o governo de Dilma Rousseff disponibilizará para os próximos anos uma cifra na ordem de 1 bilhão de reais. E que para efetivar a participação dos apicultores/as, agricultores/as é necessário que se estruturem e fiquem atentos para pautar os valores dos produtos fornecidos ao programa, dentro da lógica de trabalho de cada região, analisando os parâmetros de valores da CONAB, pois em particular as regiões são diferentes na sua forma de comercialização.
A boa noticia deixada pelo representante da SDT – é que estar em andamento uma minuta na Casa Civil feita pelo CONSEA para tornar o PAA e o PNAE em politica pública, no entanto, isso só será possível com a participação concreta da sociedade civil. 
Nos encaminhamentos finais os apicultores definiram propostas para as futuras reuniões e formas de atuação:
ü     Reuniões bimestrais – próxima já marcada – 27 de abril/2011 em Patos;
ü     Reunião da rede em 20 de junho 2011 na festa em comemoração ao Dia do Mel no Alto Sertão – Aparecida;
ü     Na rede a ideia é que cada entidade faça a sua agenda de articulação;
ü    Trabalhar as experiências existentes pra divulgar, expor, trocar saberes e experimentos com outros apicultores/as, no intuito de buscar resultados relevantes para uma comercializar no mercado interno;
ü     Mapear a produção do mel pra comercializar no Estado através da rede;
ü     Realizar o planejamento regional entre apicultores/as e entidade mobilizadora.
ü     E manter a forma de gestão anterior até decidirem qual a entidade proponente que fará a gestão da rede num todo.

Um comentário:

  1. Temos uma associação de apicultura e ainda não somos ligados a nenhum orgão maior estadual, nos sentimos desinformados e fora dos debates. Ajudou muito esses informes.

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